Caminhada na Serra da Boa Viagem.
Pela
Associação "Trilhos d'Esplendor"
Visita de Estudos no Cabo Mondego
Objectivos.
Familiarização dos alunos com conceitos sobre Homem e Natureza no meio ambiente do Cabo Mondego.
Percurso:
Data, Horas e Local de início e fim:
Data da visita: Sábado, 23 de Maio de 2009
Hora do início: ???
Hora do fim: ???
Local de início do percurso: Farol do Cabo Mondego
Local do fim do percurso: Gelataria Quiaios-Praia (Praia de Quiaios; PRCT Pavilhão Terreiro 3 R/C Esq. Tel. 967460855; 233919497)
Duração da excursão:
ca de 3h
Material necessário para a excursão:
Sapatos para caminhadas
Chapeu
Água
Alguma fruta
Palavras chaves:
Cabo Mondego - Serra da Boaviagem - Biologia - Ecologia - Geologia ( Ciências da Terra ) - Meio Ambiente - Ecossistema - Biodiversidade - Cadeia (Teia ou Piramide) alimentar - Homem (Homo sapiens) - Conservação da Nartureza - Dunas .
O Cabo Mondego situa-se na costa marítima portuguesa, pelo que é banhado pelo Oceano Atlântico .Localiza-se na ponta ocidental da Serra da Boa Viagem , a uma latitude de 40º 11´ 3´´ N e a uma longitude de 08º 54´34´´W, a três quilómetros a norte da cidade da Figueira da Foz . Cortado a pique e com inúmeras falésias , tem cerca de quarenta metros de altura. Junto dele está localizado o Farol do Cabo Mondego , com quinze metros de altura, destinado ao apoio da navegação marítima. Do ponto de vista geológico, este cabo tem um alto valor científico, como é reconhecido mundialmente. foi classificado como Monumento Natural, pelo Decreto Regulamentar n.º 82/2007, de 3 de Outubro.
A Serra da Boa Viagem situa-se a três quilómetros a Norte da cidade da Figueira da Foz com 261,88 metros de altura, quota esta localizada no vértice geodésico da Bandeira, na freguesia de Quiaios .
Cerca de 83% da sua área situa-se nas quotas dos 150 a 250 metros de altura.
O facto desta elevação se encontrar junto do Oceano Atlântico , confere a esta, e a toda a zona envolvente, uma paisagem de singular beleza, de que se destaca o "Parque Natural da Serra da Boa Viagem" com um vasto património natural, arqueológico e paisagístico. No seu extremo ocidental situa-se o Cabo Mondego .
A biologia é o ramo da Ciência que estuda os seres vivos (do grego βιος - bios = vida e λογος - logos = estudo, ou seja o estudo da vida). Debruça-se sobre as características e o comportamento dos organismos , a origem de espécies e indivíduos, e a forma como estes interagem uns com os outros e com o seu ambiente . A biologia abrange um espectro amplo de áreas acadêmicas frequentemente consideradas disciplinas independentes, mas que, no seu conjunto, estudam a vida nas mais variadas escalas .
A Ecologia é o estudo das interações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente .
A palavra Ecologia tem origem no grego “ oikos ", que significa casa , e " logos ", estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou de forma mais genérica, do lugar onde se vive. Foi o cientista alemão Ernst Haeckel , em 1869 , quem primeiro usou este termo para designar o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem, além da distribuição e abundância dos seres vivos no planeta Terra .
Geologia , do grego γη- (ge-, "a terra") e λογος ( logos , "palavra", "razão"), é a ciência que estuda a Terra , sua composição, estrutura, propriedades físicas, história e os processos que lhe dão forma. É uma das ciências da Terra . As principais disciplinas historicamente aplicam conhecimentos de física , geografia , matemática , química e biologia de modo a construir um conhecimento quantitativo das principais áreas ou esferas do sistema Terra.
O geólogo ajuda a localizar e a gerir os recursos naturais , como o petróleo e o carvão , assim como metais como o ferro , cobre e urânio , por exemplo. Muitos outros materiais possuem interesse económico: as gemas , bem como muitos minerais com aplicação industrial, como asbesto , pedra pomes , perlita , mica , zeólitos , argilas , quartzo ou elementos como o enxofre e cloro .
Meio ambiente é o conjunto de forças e condições que cercam e influenciam os seres vivos e as coisas em geral. Os constituintes do meio ambiente compreendem fatores abióticos , como o clima , a iluminação , a pressão , o teor de oxigênio , e bióticos , como as condições de alimentação , modo de vida em sociedade e para o homem , educação , companhia , saúde e outros. Este artigo refere-se aos aspetos ecológicos do meio ambiente. Em biologia , sobretudo na ecologia e ambientologia, o meio-ambiente inclui todos os factores que afectam directamente o metabolismo ou o comportamento de um ser vivo ou de uma espécie , incluindo a luz , o ar , a água , o solo (chamados factores abióticos ) e próprios os seres vivos que habitam no mesmo ambiente, que é chamado de biótopo . Os seres vivos ou os que recentemente deixaram de viver, constituem o meio-ambiente biótico. Tanto o meio-ambiente abiótico quanto o biótico actuam um sobre o outro para formar o meio ambiente total dos seres vivos e dos ecossistemas .
O Ecossistema é a base funcional da Ecologia. A palavra Ecossistema refere-se a um sistema de organismos vivos que interagem não só com o meio físico que os rodeia mas também com a química ambiental e com o meio social e biológico em que estão inseridos. Ecossistema implica que os organismos e o seu meio formam um todo, apesar de cada um ser um ser individual. Um Ecossistema, ou sistema ecológico, inclui todos os organismos que aí vivem (Componente Biótica) e o ambiente físico (Componente Abiótica), com o qual interagem de forma a que um fluxo de energia conduza a estruturas bióticas claramente definidas e ao ciclo de materiais entre as partes vivas e mortas. Esta interacção leva a que a componente biótica influencie as propriedades da componente abiótica e vice-versa. Ambas as componentes de um sistema ecológico são essenciais para a manutenção da vida tal como a conhecemos na Terra. Os Ecossistemas são caracterizados pela diversidade de espécies. É necessária a existência de organismos representantes dos três grupos metabólicos (produtores, consumidores e decompositores), embora algumas espécies predominem sobre as outras.
Representação esquemática do fluxo de energia através dos componentes do ecossistema.
Ambiente Terrestre
Ambiente Aquático
OS LIMITES DO ECOSSISTEMA : ESCALAS ESPACIAIS
A delimitação do ecossistema depende do nível de detalhamento do estudo.
Biodiversidade ou diversidade biológica é a diversidade da natureza viva. Desde 1986 , o termo e conceito têm adquirido largo uso entre biólogos , ambientalistas, líderes políticos e cidadãos informados no mundo todo. Este uso coincidiu com o aumento da preocupação com a extinção, observado nas últimas décadas do Século XX.
Pode ser definida como a variedade e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. Ela pode ser entendida como uma associação de vários componentes hierárquicos: ecossistema, comunidade, espécies, populações e genes em uma área definida. A biodiversidade varia com as diferentes regiões ecológicas, sendo maior nas regiões tropicais do que nos climas temperados.
A cadeia alimentar ou trófica é uma sequência de seres vivos/populações que se alimentam uns dos outros. É a maneira de expressar as relações de alimentação entre os organismos de uma comunidade /ecossistema, iniciando-se nos produtores e passando para os consumidores ( herbívoros , predadores ) e decompositores , por esta ordem. Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de nutrientes , sempre no sentido dos produtores para os consumidores. A transferência de nutrientes fecha-se com o retorno dos nutrientes aos produtores, possibilitado pelos decompositores que transformam a matéria orgânica dos cadáveres e excrementos em compostos mais simples, pelo que falamos de um ciclo de transferência de nutrientes. A energia, por outro lado, é utilizada por todos os seres que se inserem na cadeia alimentar para sustentar as suas funções, diminuindo ao longo da cadeia alimentar(perde-se na forma de calor),não sendo reaproveitável. A Energia tem portanto um percurso aciclico. Esse processo é conhecido pelos ecologistas como fluxo de energia .
Um humano , ser humano , pessoa ou homem é um membro da espécie de primata bípede Homo sapiens , pertencente ao género Homo , família Hominidae ( taxonomicamente Homo sapiens - latim : "homem sábio"). Os membros dessa espécie têm um cérebro altamente desenvolvido, com inúmeras capacidades como o raciocínio abstrato , a linguagem , a introspecção e a resolução de problemas . Esta capacidade mental, associada a um corpo ereto possibilitaram o uso dos braços para manipular objetos , fator que permitiu aos humanos a criação e a utilização de ferramentas para alterar o ambiente a sua volta mais do que qualquer outra espécie de ser vivo .
Natureza e o Homem (Conservação da Natureza)
O crescimento das populações, o aumento do consumo ligado às inovações tecnológicas, à escala global, uma proliferação de resíduos que contaminam o ambiente, afectam os ecossistemas, pondo em causa a natureza.
No sentido de permitir um desenvolvimento sustentável, o Homem tem vindo a desenvolver práticas que permitem a proteção e a conservação da Natureza. Dessas práticas podem destacar-se:
- Tratamento de resíduos sólidos
- Tratamento das águas
- Conservação de certas áreas protegidas notáveis
- Utilização de energias renováveis (eólica, solar, biomassa e outras)
--> Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade em Portugal (ICNB)
--> Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza) de Portugal
--> Caminhadas na Praia de Quiaios (Figueira da Foz) (Blog na Internet)
Dunas
Como se Formam
De onde vêm as areias da praia e das dunas? Certamente de rochas que se foram desintegrando e decompondo num processo a que se chama de meteorização. Por acção de agentes químicos ou físicos, as rochas são desagregadas em grãos, que são transportados e mais tarde depositados.
O vento é um exemplo de um agente físico, assim como a água e as raízes das plantas. São importantes agentes de erosão.
A água é também um exemplo de um agente químico, sobretudo quando ligeiramente ácida, pois dissolve o calcário das rochas sedimentares.
Pela acção do vento e do mar, estes grãos de areia que já foram rochas são depositados no litoral.
Aí vão começar a crescer plantas e assim se formam as dunas.
Duna primária
É caracterizada por uma faixa de cristas dunares ou faixa de areias em estabilização, que resultam da acumulação sucessiva das areias transportadas pelo vento, que são fixadas por plantas pioneiras, com rizomas compridos e ramificados, capazes de suportar imersões temporárias de água salgada.
Zona interdunar
É uma zona deprimida e aplanada, abrigada da acção dos ventos e do mar, sendo a que apresenta uma maior diversidade de espécies vegetais. Aqui a areia já é fixada com a ajuda de pequenos subarbustos.
Duna secundária
Começam a fixar-se árvores e arbustos de maiores dimensões, como é o caso da camarinha e do pinheiro
Origem e evolução de um sistema dunar (1) |
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A evolução de uma praia para um sistema dunar desenvolve-se em várias fases, repartidas no tempo. O processo inicia-se pela colonização da praia alta pela gramínea Elymus farctus , que se estabelece a partir do limite superior do nível de maré alta de águas vivas. |
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Sujeita a frequentes inundações de água do mar (galgamentos marinhos) é uma zona em que se dão grandes acumulações de detritos orgânicos que favorecem a colonização periódica por parte de plantas anuais como Cakile maritima , que resiste bem à submersão temporária pelo mar, e Salsola kali . Embora temporariamente estas plantas acumulem bastante areia, o seu efeito apenas se faz sentir durante o período de crescimento activo. Após o seu desaparecimento, a areia acumulada é novamente movimentada pelo vento. |
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O substrato nesta zona apresenta uma grande mobilidade, o que leva a que apenas E. farctus , de crescimento vertical muito rápido aí consiga viver em permanência. Tomando como referência a linha onde surgem as primeiras plantas, é geralmente possível encontrar povoamentos puros desta gramínea numa faixa com 10 a 15 m de largura. |
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O estabelecimento desta espécie vai funcionar como obstáculo ao vento que, na passagem, é travado e a sua carga de areia é aí depositada. Forma-se assim gradualmente uma elevação, cujo crescimento em altura vai depender unicamente do desenvolvimento de E farctus e que chega a ultrapassar 1 m de altura. Esta fase pode durar vários anos. |
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Efeito da presença de E. farctus no crescimento de uma pequena duna |
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Atingida uma certa estabilidade, o que surge ao fim de 3-4 anos, desenvolvem-se no topo desta pequena duna pequenos povoamentos de Otanthus maritimus e de Calystegia soldanella , que levam ao aumento do seu crescimento vertical. A duna vai continuar a crescer em altura, formando O. maritimus e C. soldanella povoamentos densos e contínuos, sendo então possível distinguir nitidamente duas zonas: |
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Zona frontal de uma duna |
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I. Zona frontal, correspondente à vertente virada ao mar, com povoamentos puros de E. farctus ; II. Topo da duna, com uma mancha continua de O. maritimus e C. soldanella . No meio desta segunda faixa surgem alguns tufos de Ammophila arenaria . |
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No seu conjunto, estas duas zonas formam aquilo que se designa por duna embrionária . Este tipo de duna só ocorre em praias onde o fornecimento de areia é constante, em que o mar não se encontra em progressão para o interior. Constitui a primeira defesa activa da costa, uma vez que constitui o início do processo de formação e crescimento dunar. É também a zona mais frágil da duna. Sujeita à influência constante do mar, quer através do efeito directo das ondas nas marés altas, quer da humidade salgada ou salsugem, quer do perigo de enterramento constante, não é um local fácil para se viver, traduzido no número reduzido de espécies vegetais que aí vive em permanência. Em equilíbrio delicado com as condições do meio, a sua integridade é o garante da estabilidade do sistema dunar que se estende para o interior. É também a zona da duna em que os efeitos do Homem mais se fazem sentir. O pisoteio pelos banhistas, o trânsito de veículos agrícolas e de lazer levam à destruição da vegetação e contribuem para pôr as areias em movimento, eliminando assim o primeiro obstáculo que o mar encontra pela frente. |
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Origem e evolução de um sistema dunar (2) |
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Os tufos de Ammophila arenaria que surgiram na parte final da duna embrionária vão dar origem a pequenos montículos de areia ou nebkas , que se salientam no perfil suave da praia. Ao abrigo destes montículos vão surgir pequenos povoamentos de outras espécies, como é o caso de Leontodon taraxacoides , Crucianella maritima , e novos pés de A. arenaria . |
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As nebkas mais afastadas do mar continuam a desenvolver-se em altura e eventualmente acabam por se unir. Forma-se então uma faixa contínua dominada por A. arenaria que inclui um número variado de outras espécies. |
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Esta faixa corresponde ao cordão dunar frontal, também conhecido por duna branca , e pode estender-se por vários quilómetros ao longo da costa. Além das plantas acima referidas podemos ainda encontrar aqui espécies como Silene littorea , Euphorbia paralias , Eryngium maritimum e Pancratium maritimum . |
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Origem e evolução de um sistema dunar (3) |
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Para lá do topo da duna frontal, forma-se um ambiente mais seco e abrigado do vento, onde se desenvolve uma comunidade vegetal bastante mais complexa. Esta zona é dominada por Artemisia crithmifolia , que é acompanhada por Helichrysum picardii , Vulpia alopecurus , Corynephorus canescens (L) Beauv., Medicago marina , Malcomia littorea e Anagalis Monelli , de Caminha até Furadouro/Ovar e por Sedum sediforme , Iberis procumbens , Corema album e Halimnium halimifolium (L.) Willk. nas regiões a Sul. Caracteriza-se pela maior estabilidade do substrato, o que permite o desenvolvimento de uma comunidade mais complexa, composta por plantas anuais e arbustivas. |
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Atingindo esta fase, a forma dunar está perfeitamente definida, apresentando a praia um perfil suave. Este perfil corresponde à passagem gradual de um ambiente marinho para um ambiente terrestre, representando as várias manchas vegetais fases de um gradiente nítido. Mantendo-se as condições que levaram à sua origem, este sistema irá evoluir no sentido da estabilização das zonas mais recuadas, com um aumento gradual da diversidade e da biomassa vegetal, caso os factores da dinâmica das águas costeiras não perturbem a evolução (tempestades, subida do nível do mar, défice de areia na alimentação das praias por interrupção da deriva litoral, como por exemplo nas situações criadas pelos esporões). |
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Degradação de um sistema dunar |
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Dependente do volume de areias transportado pela deriva litoral para o fornecimento de areia que alimenta o processo de evolução dunar, este sistema é muito sensivel a qualquer modificação nos mecanismos de transporte de se-dimentos das zonas que lhe são adjacentes. Alterações profundas na dinâmica destes processos levam inevitavelmente a alteraçôes nos sistemas dunares. Da mesma forma, a sua estabilidade está intimamente ligada à conservação do coberto vegetal. A destruição da vegetação, ou a sua ausência, levam a uma movimentação das areias para o interior, sobretudo sob acção do vento e dos galgamentos pelo mar. |
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Em situações em que se verifica um avanço do mar, o processo inverso ao da formação das dunas irá verificar-se. Em primeiro lugar, irão desaparecer as duas primeiras faixas da duna embrionária. Situadas a uma cota mais baixa, são efectivamente as zonas mais frágeis e que irão sentir mais depressa as acções destrutivas do jacto da rebentação das ondas. Praias nesta situação apresentam um perfil truncado que da vegetação original apenas mantêm alguns tufos de O. maritimus e nebkas isoladas de A. arenaria . Numa fase mais avançada, todo o sistema dunar frontal irá ser atingido, podendo mesmo levar à destruição total da duna mais próxima do mar, começando por nela se modular uma arriba que vai recuando gradualmente. |
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