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quarta-feira, 17 de abril de 2013

O ambiente marinho e a biodiversida...

O ambiente marinho e a biodiversidade marinha


Uma página bem estruturada sobre o ambiente marinho e a vida marinha, é o Espaço Sariego:

Um mar de estabilidade


O mar sempre exerceu extraordinário fascínio sobre os homens, do poeta ao cientista, suscitando a curiosidade. O estudo de seus ambientes e da vida que o preenche é uma das maiores aventuras da Ciência e da Tecnologia moderna, além de tornar-se prioritária em vista da crescente degradação ambiental, que ameaça a vida no Planeta. No mar está a futura “fronteira agrícola” que poderá alimentar a bilhões de seres humanos. E é nele que encontraremos as respostas para o mistério da origem e evolução da vida.

         A principal chave para a compreensão da vida marinha e de sua ecologia é o conhecimento do ambiente marinho, no que tem de característico e diferente do ambiente terrestre, quanto aos seus fatores físicos e químicos, capazes de determinar e limitar a distribuição dos animais marinhos, de acordo com suas habilidades e capacidade de adaptação.

         A comparação entre esses dois ambientes, revela um princípio fundamental: o mar é um ambiente muito mais estável e constante que o terrestre. No interior dos oceanos a mudança de temperatura não é tão rápida e dramática, nem se notam tão claramente as diferenças entre as estações do ano.

            É um erro imaginar que o mar, um ambiente dotado de notável estabilidade, seja uniforme e até mesmo monótono. Nada mais longe da verdade. Ele possui, tal como os continentes uma enorme variedade de habitats, mini-ambientes caracterizados pelas condições ambientais que lhe são próprias e que exigem adaptações específicas para se viver neles. Uma árvore bem adaptada ao frio, ventos e tempestades dos topos das altas montanhas pode não prosperar no interior quente e úmido das florestas tropicais. Assim é no mar.

        Não só a distribuição de cada espécie pelos diversos habitats, mas como a própria sobrevivência do indivíduo, estão determinadas pela existência de certos elementos do meio ambiente que podem agir diretamente sobre o funcionamento do organismo, e sobre o seu ciclo de vida. Esses elementos receberam o nome de factores ecológicos.

         Os factores ecológicos mais importantes no ambiente marinho são a luminosidade, a temperatura, a salinidade e a pressão. São eles que impõem as mais sérias limitações à vida e que permitem reconhecer os principais habitats, mas outros factores também influem nas adaptações dos seres vivos e mesmo no aproveitamento que fazemos dos recursos marinhos.


 

A biodiversidade marinha


Os factores físicos e químicos que estruturam e caracterizam o ambiente marinho compõem o que a Ecologia denomina factores abióticos, o primeiro dos dois componentes de qualquer ecossistema. O segundo componente inclui os chamados factores bióticos, os seres vivos que povoam o ecossistema, interagindo com os fatores abióticos.


         O conjunto e variedade das espécies animais e vegetais de qualquer ecossistema recebe o nome de biodiversidade. O estudo da biodiversidade é uma tarefa apaixonante pois revela como o processo da Evolução biológica actuou ao longo da história da vida na Terra adaptando os seres vivos ao ambiente – quase sempre de forma engenhosa – e gerando sempre novas espécies que enriquecem ainda mais a biodiversidade.


         A biodiversidade marinha destaca-se dentre os demais ambientes do nosso planeta por ser muito expressiva. Sinal disso é o facto de nos oceanos serem encontrados representantes de 27 dos 31 filos de invertebrados atualmente existentes. No entanto, o conhecimento da vida marinha não é uma tarefa fácil pois, segundo estimativas conservadoras, são conhecidas 160 mil espécies marinhas, enquanto que no ambiente terrestre foram identificadas 178 mil espécies. Isso indica que ainda há muitos animais a serem descobertos no ambiente marinho. Acredita-se que nos amplos e inexplorados fundos oceânicos habitem até cinco milhões de espécies diferentes.


Árvore filogenética dos metazoários



 



Fig. 4 - Árvore filogenética dos metazoários (de Espaço Sariego)



A árvore filogenética é uma forma bem visual de representar as relações evolutivas entre os reinos e filos metazoários. Nela, os números indicam o ponto de origem de novas estrutura orgânicas que direcionaram o processo evolutivo.


0 - DNA e RNA.

 1 - Complexo de Golgi, vacúolos contráteis e movimento amebóide.

 2 - Flagelos e cílios.

 3 - Colagens, espongina, diferenciação celular de organismos multicelulares.

 4 - neurônios e células musculares.

 5 - simetria biradial.

 6 - bilateralidade, sistema excretor e mesoderme.

 7 - sistema sangüíneo vascular.

 8 - celoma e metamerismo.

 9 - clivagem radial.



        O número de filos de metazoários pode variar conforme o sistema de classificação adotado, ponto no qual os cientistas ainda divergem entre si.

 



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