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Mapa da Serra da Boa Viagem com Trilhos (Triângulo do Cabo Mondego)

sábado, 13 de abril de 2013

Pesca com Rede de Emalhar (Majoeira) (II)


Pesca com Rede de Emalhar (Majoeira) (II)












E ainda tenho de agradecer a este gente simpática de pescadores que me ofereceram as duas tainhas maravilhosas da foto acima. Vou lhes então contar como os preparei: Tirei as tripas e guelras e todas as gorduras da barriga. Também tirei cuidadosamente a pele preta na parte interior da barriga. Escamei as tainhas e cortei as ao meio porque eram muito grandes. Lavei as muito bem e depois pus as uma noite em bastante sal grosso do mar.  No dia seguinte grelhei as tainhas - tinha apenas uma destas torradeiras industrieis para grelhar - mas servia muito bem. Pus uns dentes de alho, alecrim na barraga e tomilho seco do Rabaçal na parte exterior. Depois um fio de azeite.

Pronto - grelhei as com 250ºC até bem grelhadas. Foi uma delícia! Nem um robalo podia saber melhor! Não aproveitei das ovas, mas na Itália as ovas conservadas em sal são uma especiaria. Chama-se na Itália Bottarga di muggine.


















No entanto, existem críticas a esta arte de pesca devido ao facto que ela não seria suficientemente selectiva ou perigosa para a fauna marinha e navegação. A mim este argumento não me parece tão válido na sua generalidade. Mas particularmente para as grandes redes de deriva a proibição desta técnica é sem dúvida adequada.



Algumas opiniões e contribuições sobre esta problemática:


De (Wikipédia):


Este método de pesca tem muitas variantes, a mais perigosa das quais - para a fauna marinha e para a própria navegação - é a rede-derivante, que também pode ter vários quilómetros de extensão e pode perder-se, continuando a matar peixes que depois não são aproveitados e até mamíferos marinhos; para além disso, estas redes são praticamente invisíveis e um navio que passe por uma destas redes perdidas pode ficar com o hélice imobilizado. Por estas razões, este método de pesca foi banido em vários países do mundo.


De (Comissão Europea):


A necessária proibição das redes de emalhar de deriva pela União Europeia

Numa reunião de 8 de Junho de 1998, o Conselho de Ministros tomou a difícil mas necessária decisão de proibir, a partir de 1 de Janeiro de 2002, a utilização de redes de emalhar de deriva para a captura do atum no Atlântico e no Mediterrâneo. A decisão foi tomada atendendo a um certo número de factores, de ordem biológica, económica e social. A medida adoptada proíbe uma técnica de pesca, ou seja a pesca com redes de emalhar de deriva, mas não a pesca do atum que pode continuar a ser praticada por meio de técnicas mais seguras, mais selectivas e mais atractivas de um ponto de vista económico. A curto prazo, a proibição poderá ter uma incidência económica e social negativa para as comunidades em causa, mas a manutenção da situação actual teria consequências ainda muito mais graves. Para ajudar estas comunidades na fase de transição para técnicas mais seguras, a União Europeia estabelecerá medidas, em cooperação com os Estados-membros, a fim de garantir que as consequências sejam mínimas.


Definição das redes de emalhar de deriva

As redes de emalhar de deriva são artes mantidas à superfície, ou a uma certa distância abaixo dela, por meio de bóias. A sua altura varia consoante a pescaria em causa, mas no caso das grandes redes situa-se, geralmente, entre 20 e 30 metros. As redes são lastradas na parte inferior, de modo a que a tensão criada entre as bóias e os lastros mantenha a rede vertical no mar. As redes podem derivar livremente ou, mais correntemente, em conjunto com a embarcação a que estão amarradas por uma extremidade. São geralmente caladas de noite, designadamente para a captura de espécies de grandes dimensões, e utilizadas principalmente para a pesca dirigida às espécies pelágicas (que evoluem perto da superfície da água), como a sardinha, o arenque, o atum albacora, o espadarte e o salmão.



Principais problemas ligados à utilização desta técnica de pesca

As redes de emalhar de deriva são acusadas de não serem suficientemente selectivas e de capturarem um número inaceitável de cetáceos, mamíferos marinhos, aves e répteis.

Inicialmente, as redes de emalhar de deriva eram utilizadas para a captura de espécies pequenas e não suscitavam preocupações. No Mediterrâneo, por exemplo, esta técnica foi, durante muito tempo, utilizada para pescar uma variedade de atuns e espécies afins com redes de comprimento limitado. Os problemas começaram quando as redes de emalhar de deriva foram modificadas, tendo a sua malhagem sido alargada, por forma a capturar espécies de maiores dimensões, e o seu comprimento aumentado para maximizar as capturas. Estas grandes redes conheceram um primeiro desenvolvimento no Pacífico, antes de serem adoptadas nas pescarias atlânticas do atum. Apesar de a natureza e o volume das espécies não-alvo variarem consoante a configuração da rede, a pescaria e as zonas, pode afirmar-se que as redes com malhas mais largas e de maiores dimensões se revelaram fatais para um grande número de espécies.

No início dos anos noventa, em resposta às preocupações da opinião pública, as Nações Unidas adoptaram uma resolução em que solicitavam uma moratória sobre a utilização das redes de emalhar de deriva de grandes dimensões. O Conselho de Ministros, apoiado pelo Parlamento Europeu, decidiu impor um limite máximo de 2,5 km para as redes de emalhar de deriva utilizadas pelos navios da União Europeia (tal como na moratória das Nações Unidas, esta medida não incluía o mar Báltico).

Não obstante, os problemas continuaram. Com efeito, apesar de terem sido registadas melhorias importantes no Atlântico, num grande número de casos, não eram respeitadas as regras sobre o comprimento máximo das redes. Além disso, o controlo da aplicação da regulamentação no mar apresenta um grande número de problemas práticos, dado que requer muitos recursos técnicos e humanos e o seu elevado custo torna difícil a sua prolongação por um longo período, tanto para a União Europeia como para os Estados-membros. Assim, mau grado a regulamentação adoptada, a pesca com redes de emalhar de deriva continuou a desenvolver-se. Preocupada com os efeitos da pressão crescente nos recursos haliêuticos e o correspondente aumento do volume de capturas acessórias, a Comissão propôs, em 1994, que fosse decidida a proibição das redes de emalhar de deriva (uma proibição que devia entrar em vigor alguns anos mais tarde), mas os Estados-membros não puderam adoptar as propostas.

Após algumas dificuldades de adaptação às redes de emalhar de deriva de 2,5 km, os atuneiros atlânticos conseguiram aumentar a sua eficácia e esta técnica passou a ser a mais produtiva. Porém, em Junho de 1998, uma maioria de Estados-membros decidiu que, atendendo a todos os elementos disponíveis, tinha chegado a hora de proibir a utilização das redes de emalhar de deriva para a pesca do atum.


Zonas em que são actualmente utilizadas as redes de emalhar de deriva

As grandes redes de emalhar de deriva são actualmente utilizadas por vários países. Na União Europeia, esta técnica é utilizada no Mediterrâneo por cerca de 670 navios italianos para a captura do espadarte e, no Atlântico norte, por cerca de 70 navios franceses e 30 navios irlandeses e ingleses para a pesca do atum albacora de Junho a Outubro/Novembro. Como já referido, nalgumas pescarias do Mediterrâneo, esta técnica é ainda utilizada por navios espanhóis e italianos para a pesca dirigida aos tunídeos. Algumas pescarias de espécies pequenas, como a sardinha e o arenque, também recorrem às redes de emalhar de deriva, mas sem suscitar quaisquer problemas.

As redes de emalhar de deriva são igualmente utilizadas nas pescarias do salmão (no mar Báltico pela Finlândia, Suécia e Dinamarca (cerca de 350 navios) e nas águas costeiras da Irlanda, Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte).





Golfinho na praia de Quiaios




Bibliographia e Links:


Pesca artesanal - Wikipédia, a enciclopédia livre

 - 10:52

A pesca artesanal é um tipo de pesca caracterizada principalmente pela mão-de-obra familiar, com embarcações de porte pequeno, como canoas ou jangadas, ...

pt.wikipedia.org/wiki/Pesca_artesanal - Em cache - Semelhante


Comissão Europeia - Pesca - A necessária proibição das redes de ...

Rede de emalhar de deriva amarrada a um navio de pesca à deriva. Principais problemas ligados à utilização desta técnica de pesca. As redes de emalhar de ...

ec.europa.eu › ... › Arc...Pre... - Em cache - Semelhante



Desenvolvimento Sustentável da Pesca Artesanal no Espaço Atlântico ...

A pesca artesanal (que corresponde a cerca de 80% da frota comercial pesqueira dos diferentes países envolvidos), actividade que assume crescente ...

pt.wikipedia.org/.../Desenvolvimento_Sustentável_da_Pesca_Artesanal_no_Espaço_Atlântico - Em cache - Semelhante -


Pesca Artesanal Em Portugal

Comunicação apresentada na Academia de Marinha, em Lisboa, no ano de 2003. pesca artesanal portugal henrique souto.

www.scribd.com › ResearchHumanities - Em cache - Semelhante


Rede de emalhar - Wikipédia, a enciclopédia livre

Na praia da Nazaré e da Vieira é usada rede de emalhar estacada na baixa mar, sem auxílio de embarcação para pesca de robalo, sargo e outras espécies. ...

pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_emalhar - Em cache - Semelhante



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