Tabelas fitossociológicas das comunidades de dunas, arribas e matos de Murtinheira/Quiaios (Sector Divisório Português). Parte IV .
Mapa biogeográfico da área de estudo
(Extraído de: Costa, J. C. et. al. Finisterra, XXXV, 69, 2000, pp. 69-93 )
Lagoa das Braças
e
Lagoa da Vela, Quiaios
Texto extraído de: Randi, D.; Castilho, A.M.; Dinis, P.; Callapez, P.: Evolução da Paisagem a Norte do Cabo Mondego durante os últimos milhares de Anos. Em : As Ciências da Terra ao serviço do ensino e do desenvolvimento. O exemplo Figueira da Foz. Figueira da Foz, 2006.
Holoschoeno australis-Salicetum arenariae M.J. Martins & Penas ex J.C. Costa, Neto, Capelo & Lousã, associatio nova hoc loco
Comunidade arbustiva com 1-2 m de altura, dominada pelo Salix arenaria acompanhado de Holoschoenus romanus var. australis , Schoenus nigricans , Juncus acutus , Agrostis stolonifera , Salix atrocinerea , Carex arenaria , Lythrum salicaria , entre outras [ Tabela XIV , syntypus inventário nº 3]. Observa-se em depressões dunares, que de Inverno podem ficar inundadas, em margens de lagoas e de valas de drenagem, que secam no Verão mas onde o lençol freático se encontra frequentemente próximo da superfície. Ocorre na parte mais setentrional do Costeiro Português (entre Quiaios e S. Jacinto), no andar mesomediterrânico e em ombroclima sub-húmido. NETO (1994) observou esta comunidade nas dunas de S. Jacinto designando-a por "comunidade de Salix arenaria e Salix atrocinerea ", posterior-mente MARTINS (1999) também a assinalou entre Mira e Quiaios designando-a Salicetum atrocinereo-arenariae nom. inval. WEBER (1999) posicionou as associações constituidas por Salix arenaria nas alianças das costas psamofílicas nortatlânticas Salicion arenariae Tüxen ex Passarge in Scamoni 1963, [desde a Escandinávia até à Holanda] e Ligustro-Hippophaeion J.M. Géhu & Géhu-Frank 1983 [desde o sul da Holanda até à França], ordem Salicetalia arenariae Preising & Weber in Weber 1999 da classe Rhamno-Prunetea. Apesar da dominância do Salix arenaria e da presença de Carex arenaria posicionamos esta comunidade na Molinio-Holoschoenion , Holoschoenetalia , MOLINIO-ARRHENATHERETEA . Esta colocação sintaxonómica é a mais parcimoniosa, pois evita a criação excessiva de sintáxones de categoria superior e parece-nos consistente em termos ecológicos e biogeográficos.
Tabela XIV (Quadro 5) - Holoschoeno australis-Salicetum arenariae
Nº de ordem |
4 |
|
Área mínima (m2) |
20 |
|
Características |
|
|
Salix arenaria |
5 |
40°15'40.96"N 8°47'38.25"W |
Holoschoenus romanus var. australis |
+ |
|
Schoenus nigricans |
+ |
|
Agrostis stolonifera |
1 |
|
Juncus acutus |
. |
|
Mentha suaveolens |
. |
|
Companheiras |
|
|
Carex arenaria |
1 |
|
Salix atrocinerea |
. |
|
Lythrum salicaria |
+ |
40°15'40.96"N 8°47'38.25"W
|
Rubus ulmifolius |
+ |
40°14'34.35"N 8°48'32.99"W
|
Carex extensa |
. |
|
Mais |
|
|
Phragmites australis |
. |
|
Helichrysum virescens |
. |
|
Mentha aquatica |
. |
Mentha ?aquatica
40°14'36.65"N 8°48'30.26"W
|
Cladium mariscus |
+ |
40°15'40.96"N 8°47'38.25"W |
|
|
|
Outras espécies encontradas nas Lagoa das Braças e Lagoa da Vela:
Lysimachia spec. |
40°15'40.96"N 8°47'38.25"W |
Typha latifolia |
40°15'40.96"N 8°47'38.25"W |
Ranunculus spec. |
|
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