Se querem descobrir e fotografar achados da Natureza da Praia de Quiaios e da Serra da Boa Viagem, visitem uma das regiões mais ricas em Biodiversidade e Geologia de Portugal!


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Mapa da Serra da Boa Viagem com Trilhos (Triângulo do Cabo Mondego)

sábado, 13 de abril de 2013

Praia de Quiaios - Enquadramento geográfico

Praia de Quiaios - Enquadramento geográfico e Infraestruturas.



As praias de Quiaios e Murtinheira situam-se na costa atlântica portuguesa à norte do Cabo Mondego no concelho da Figueira da Foz. Para norte das praias de Quiaios estendem-se as Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas com extensas arborizações de pinheiros. Para este das praias eleva-se a Serra da Boa Viagem.


Fig. 1 - Praia da Murtinheira e de Quiaios


Fig. 2 - Cabo Mondego e Farol

Fig. 3 - Camarinhas nas dunas da Praia de Quiaios




Situação geográfica e infraestruturas

Possuidoras de extensos areais, oferecem uma paisagem exuberante e diversificada com a Serra da Boa Viagem como pano de fundo. É um apetecido destino de férias no concelho da Figueira da Foz, sendo das praias do concelho com mais habitações de férias.

    Com poucas dezenas de habitantes durante o ano, no Verão este número multiplica-se, chegando a atingir algumas centenas de habitantes. 



 

Fig. 4 - O Barco na Rua dos Pescadores

 

 



Fig. 5a - As Piscinas da Praia de Quiaios



Fig. 5b - As Piscinas da Praia de Quiaios


 


Fig. 6 - O Hotel "Quiaios Hotel" - na Praia de Quiaios


 

 


Fig. 7a - O Parque de Campismo na Praia de Quiaios



Fig. 7b - O Parque de Campismo na Praia de Quiaios

 






Fig. 8 - Comércio na Praia de Quiaios



Com infra-estruturas que incluem piscina, hotel (Quiaios Hotel), centro hípico (com residencial e restaurante), complexo desportivo/centro de estágio, parque de campismo (Parque de Campismo de Quiaios ), restaurantes, cafés, lojas deconveniência, talho, super-mercado, Associação Protecção Ambiental "Trilhos d'Esplendor" (antigo "C@fé-Gelataria"), estas praias são frequentadas por gente oriunda de todo o país, sobretudo da região centro.


Porém, tem de se alertar que a Praia de Quiaios está com uma grave crise de infraestruturas devido ao facto de haver um péssimo acesso à esta praia pela Figueira da Foz. A estrada que conduz de Buarcos ao longo do Cabo Mondego para a Murtinheira ainda não está alcatroada e em inverno é praticamente intransitável. Mesmo no verão as pessoas têm de fazer uma volta por Quiaios e pela Serra da Boaviagem para chegar à Praia de Quiaios.


A segunda causa que contribui para a quase impossibilidade de manter um estabelecimento comercial aberto nesta praia é a situação de muitas das casa da praia serem utilizadas apenas no verão. Desta forma os estabelecimentos comerciais tornam-se sazonais. Porém, a sazonalidade do comércio não está bem contemplado nas estruturas fiscais de Portugal.


A terceira causa é a falta de estatísticas e de ordenamento - se os comerciantes tivessem estatísticas sobre movimentos comerciais nesta praia fornecidos pela própria Câmara da Figueira da Foz, muitos não iam arriscar-se de abrir mais um café ou mais uma loja nesta praia. Assim, sem esta informação, os comerciantes fazem grandes investimentos para depois irem todos em conjunto à falência. Também neste aspecto devia-se respeitar e manter a perspectiva sistémica!


Eu apelo a isso por experiência pessoal e apelo seriamente às entidades governamentais para tomar estes aspectos do comércio mais em conta.


Pessoalmente penso que o turismo podia ser explorado de uma maneira responsável neste local lindíssimo de Portugal, sem prejuizo para a Natureza. De certeza, a concessão do espaço à CIMPOR (Fábrica de Cal) pela Figueira da Foz aconteceu numa altura quando a protecção do ambiente ainda não foi considerado prioritário. Mas agora ve-se que foi cometido um erro na exploração do Cabo Mondego por esta fábrica. No entanto, penso que este erro pode ser remediado de uma forma responsável e sobretudo com uma função medicinal potencialmente valiosa: se no local da fábrica fosse construido como medida de recuperação ambiental um complexo de termas com piscinas de marés, fazia-se assim uma bela recuperação paisagística do buraco enorme que se criou no Cabo.


A agitação forte do mar no Cabo gera constantemente aerossóis, enrequecidos com iodo e outros sais marinhos - que até reflecta-se indirectamente na flora no Cabo - existem aqui espécies de plantas que se encontram normalmente apenas nas salinas. Este ambiente puro deve ser extremamente saudável e curativo para pessoas com doenças respiratórias, por exemplo pessoas com asma (pessoas que sofrem de asma e de alergias contre pó confirmaram-me pessoalmente que sentiram na Praia de Quiaios efeitos imediatos positivos em relação à respiração).


Claro que um complexo hotelar, piscinas de marés e termas devem integrar-se bem e discretamente na paisagem, neste caso construidos apenas nos "buracos" já existentes. Mas para esta tarefa existem arquitectos paisagísticos. Ao mesmo tempo, criava-se com uma infraestrutura destes uma ligação à Praia da Murtinheira e à Praia de Quiaios, - bem necessária - e que nem estava em contradição com o projecto do Parque Geológico da cidade de Figueira nem com o objectivo de proteger o Cabo Mondego devido à sua estrutura geológica única e paisagística e florística valiosíssima.



Cabo Mondego com a exploração da Fábrica de Cal (CIMPOR)

- bem à vista as áreas para uma potencial estrutura de termas e de piscinas de marés


Estas infraestruturas futuras, propostas aqui, permitiam aos Figueirenses, sem prejuizo para a cidade, criar uma ligação às Dunas da Gândara, Gafanha e Mira para lazeres muito saudáveis  - caminhadas, percursos com bicicletas, acesso às águas puras e ares puros - para a apreciação desta natureza única do Cabo Mondego, da Serra da Boaviagem e das Dunas de Quiaios.



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